Na manhÃŖ do seu 30.o aniversÃĄrio, Josef K. Ê detido sem nenhuma justificativa, pesem embora as vÃĄrias tentativas junto daqueles que o impedem de sair do seu quarto. SerÃŖo sequer oficiais de justiça? FuncionÃĄrio irrepreensÃvel de um banco, K. procurarÃĄ saber aquilo de que o acusam, mas os artifÃcios de que se servem as secretarias, extensÃĩes imediatas de uma administraÃ§ÃŖo palavrosa, sÃŖo a prova de que nÃŖo hÃĄ cÃĄrcere maior do que as tramitaçÃĩes que mapeiam um Estado, e que o enrobustecem de expedientes e atrasos, sem que nisso se ache a dianteira dos seus executores. Todos sucumbem mas nÃŖo hÃĄ quem se salve. A frustraÃ§ÃŖo iminente de K. Ê tantas vezes chistosa como alarmante, porque em todas as tentativas de resposta o bancÃĄrio se vÃĒ mais insulado, mais suspeitoso, mais culpado daquilo de que nÃŖo sabe. ÂĢRir para nÃŖo chorarÂģ, nÃŖo Ê esse o ditado?